Estado oferece mais um acordo e construirá 30 abrigos provisórios para famílias da Terra Prometida

Preocupados com a situação das pessoas que foram removidas na reintegração de posse no Irineu Serra, representantes do governo do Acre se reuniram neste sábado, 30, para dar mais  providências ao caso.

Em reunião na Casa Civil, conduzida respectivamente pelo secretário e o coordenador da pasta, Jonathan Donadoni e Ítalo Medeiros, com representantes do governo, a equipe de governo deu encaminhamento à construção das 30 moradias provisórias na ocupação Marielle Franco, para as famílias que ocupam a entrada da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac).

A reunião envolveu diversas autoridades das pastas governamentais. Foto: Cedida

A reunião ocorre após as famílias retornarem ao protesto ainda na noite de sexta-feira, 29, mesmo depois de aceitarem o acordo oferecido pessoalmente pelo governador Gladson Cameli.

Ainda em agosto, o Estado já tinha encaminhado mais de 160 famílias ao aluguel social por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), com o apoio de todo o aparato do Estado para o transporte gratuito de bens móveis dessas pessoas para os domicílios escolhidos.

Famílias ocupam a entrada da Aleac desde o início do mês de setembro. Foto: Marcos Vicentti/Secom

“O governo segue na busca de uma solução definitiva para a situação das famílias acampadas em frente à Aleac. Buscamos uma solução pacífica e que possa trazer uma melhor qualidade de vida para essas pessoas. Ofertamos o parque de exposições, com toda uma estrutura para atendimento, entretanto, essas pessoas preferem ficar na parte alta da cidade [Rio Branco]”, afirmou o coordenador da Casa Civil, Ítalo Medeiros.

Parque de Exposições Wildy Viana (Expoacre) foi oferecido como moradia temporária para as famílias que não tivessem para onde ir, com toda a assistência do aparato da Secretaria de Saúde (Sesacre). A SEASDH ofertou atendimentos psicológicos e de assistência social, inclusive com a disponibilização de veículos para o transporte das crianças até o colégio onde estudam.

Desde o início da reintegração de posse, o Estado providenciou prontamente a inclusão das pessoas no aluguel social. Foto: Neto Lucena/Secom

A SEASDH realiza ainda visitas técnicas às moradias que foram selecionadas e aprovadas pelo governo, com o objetivo de prestar assistência social e garantir que a casa escolhida seja devidamente própria para a moradia.

“Ofertamos a construção de 30 abrigos, e temos uma força-tarefa empenhada para garantir a construção desses abrigos provisórios o quanto antes como determinado pelo governador Gladson Cameli, que esteve envolvido pessoalmente nas tratativas”, observou Medeiros.

Propostas do governo

Diversas propostas foram oferecidas, mas as famílias preferem continuar a ocupar a entrada da Aleac, mesmo com as diversas alternativas oferecidas pelo Estado.

Com a presença do governador Gladson Cameli, foram ofertados 30 terrenos para que as famílias possam se realocar na ocupação Marielle Franco, no bairro Defesa Civil, provisoriamente, com garantia de conseguir imóvel próprio no local após a construção de conjuntos habitacionais no bairro por meio do Minha Casa Minha Vida.

Essa é mais uma tentativa do governo de resolver a questão, e dar condições dignas de vida e moradia a essas pessoas.

“Vamos cumprir nossos acordos aqui firmados, e dar seguimento ao nosso dever, enquanto Estado, de cuidar dessas pessoas, com a devida assistência de todas as pastas”, frisou o governador Gladson Cameli durante a negociação.

Durante as tratativas, a equipe governamental se comprometeu a construir as 30 habitações provisórias, para que as pessoas possam se acomodar o quanto antes na ocupação.

“Nós estamos identificando ao longo das últimas semanas, moradias que se enquadrem no aluguel social, para que as pessoas não precisem se deslocar, para que quem precise usufruir do benefício consiga se mudar o mais rápido possível. Para se inscrever e participar desse programa, basta procurar a SEASDH”, pontuou o secretário de Assistência Social, Alexsander Carvalho.

Além disso, o Estado vai viabilizar o pagamento do aluguel social para 15 famílias que ainda não foram acomodadas na Marielle Franco.